domingo, 27 de abril de 2008

Eu acho...

que eu estou procurando alguma coisa.














mas quem não tá, né?

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dias e dias.

Que eu me sinto, mais ou menos, que seja.

Confusa
Velha
Imatura
Resolvida
Idiota
Clichê
Honesta
Contraditória
Exagerada
Feliz
Estranha
Falsa
Mentirosa
Nostálgica
Ridícula
Racional demais
Sonhadora demais
Que eu não sou eu mesma.
Que eu não tô falando a verdade.
Exatamente que nem esse post, que pra mim não disse metade do que eu tô pensando.

Mas nada pior do que os dias que deveriam, mas não me fazem sentir nada.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Me diga o que você encontra, quando lê a minha mente.

On the corner of main street
Just tryin' to keep it in line
You say you wanna move on and
You say I'm falling behind
Can you read my mind?
Can you read my mind?
I never really gave up on
Breakin' out of this two-star town
I got the green light
I got a little fight
I'm gonna turn this thing around
Can you read my mind?
Can you read my mind?
The good old days, the honest man;
The restless heart, the Promised Land
A subtle kiss that no one sees;
A broken wrist and a big trapeze
Oh well I don't mind, if you don't mind
'Cause I don't shine if you don't shine
Before you go, can you read my mind?
It’s funny how you just break down
Waitin' on some sign
I pull up to the front of your driveway
With magic soakin' my spine
Can you read my mind?
Can you read my mind?
The teenage queen, the loaded gun;
The drop dead dream, the Chosen One
A southern drawl, a world unseen;
A city wall and a trampoline
Oh well I don't mind, if you don't mind
'Cause I don't shine if you don't shine
Before you jump, tell me what you find
when you read my mind
Slippin’ in my faith until I fall
You never returned that call
Woman, open the door, don't let it sting
I wanna breathe that fire again
She said I don't mind, if you don't mind
'Cause I don't shine if you don't shine
Put your back on me
Put your back on me
Put your back on me
The stars are blazing
like rebel diamonds cut out of the sun
When you read my mind...

domingo, 13 de abril de 2008

E eu não saí do lugar.

"Bora sair, se divertir, aproveitar."

Ontem eu saí, me diverti, bebi, misturei, deixei de sentir(?), e corri.

Alguma música igual a todas as outras tocando. Dor de cabeça, o gosto amargo, calor...

Um diálogo não planejado, em um tom que não é meu.

"Me dá a chave do carro, eu preciso deitar."
"Porra, eu não vou sair dirigindo, eu só preciso deitar um pouco!"

Esbarrando, quase escorregando. -Graças a Deus eu não tô de salto.

"Com licença, licença, desculpa moço, foi mal."

E na porta, o vento frio, finalmente. E por algum motivo, alguma coisa me disse: "Corre."

E não é que ontem, correr foi a melhor sensação do mundo?
Eu não senti minhas pernas cansando.
Não senti a falta de ar.
Pelo contrário, minha dor de cabeça sumiu. Cada vez mais, o vento frio me fez esquecer qualquer calor que eu tava sentindo. E eu consegui respirar fundo.

Corri, corri, e corri. Fui e voltei, pra tudo quanto é lado, pra lugar nenhum.
Sem medo de ninguém.
Às três da manhã, corri.

E alguém sem nome, o rosto um borrão, uma voz longe, me perguntou:
"Moça, por quê você tá correndo?"

E a resposta veio também correndo, sem nenhuma hesitação:

"Motivo nenhum, moço."

Um segundo confuso, onde tá o carro, onde ela deixou o carro? Corro de volta, não...aquele tem quatro portas...corro, corro, aonde?

O estacionamento. Meu raciocínio lento e rápido ao mesmo tempo. Desnecessário explicar o motivo. E o guardador de carros, provavelmente com medo que eu fosse sair dirigindo, me seguiu com uma cara preocupada.

-"Moço, não se preocupa, eu não vou sair com o carro, eu só vou pegar um negócio."
Meia mentira.

E ele, claramente aliviado, disse que tudo bem, que eu podia ficar à vontade.

Chave, destranca, e pronto. O silêncio zunindo, invadindo meu ouvido.
Muita coisa, muita coisa, muita coisa.
Muito tempo.
Melhor voltar pra lá.

E lá está o guardador do estacionamento, de novo.

"Moça, você tá bem, porquê você tava correndo?"

Por algum motivo eu começo a rir e, na falta de uma resposta melhor:

"Deu vontade de correr moço, corri."

E então ele falou uma coisa que pra mim foi uma das, se não a única coisa que fez sentido na minha semana inteira.

"É, só que a gente às vezes corre, corre, corre, e não sái do lugar, não é mesmo?"

terça-feira, 1 de abril de 2008

É, um momento meu.

"Uma pessoa é uma coisa muito complicada. Mais complicado do que uma pessoa, só duas. Três, então, é um caos, quando não é um drama passional. Mas as pessoas só se definem no seu relacionamento com as outras. Ninguém é o que pensa que é, ou o que diz que é. (...) Ou seja, ninguém é nada sozinho, somos o nosso comportamento com outro."

-Luís Fernando Veríssimo.


Bem, Veríssimo, concordo até. Mas no momento é comigo mesma que eu preciso discutir a relação